quinta-feira, 22 de março de 2012

O LENHADOR E A RAPOSA


Em uma aldeia distante, vivia um lenhador que acordava muito cedo e trabalhava o dia inteiro cortando lenha.
Esse lenhador era viúvo e tinha um filho lindo, de poucos meses e também uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.
Todos os dias, o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho e todas as noites ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com sua chegada.
Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um bicho, um animal selvagem, portanto, não era confiável. Quando ela sentisse fome comeria a criança.
O lenhador sempre retrucando com os vizinhos, falava que isso era uma grande bobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso.
Os vizinhos insistiam:

– Lenhador abra os olhos! A raposa vai comer seu filho. Quando sentir fome, comerá seu filho!

Certo dia, ao chegar em casa, muito exausto do trabalho e cansado desses comentários, viu a raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensangüentada.
O lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça da raposa.

Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho no berço dormindo tranqüilamente. Ao lado do berço, uma cobra morta.

O lenhador enterrou o machado e a raposa juntos.

Se você confia em alguém, não importa o que os outros pensem a respeito, siga sempre o seu caminho e seu coração, não se deixe influenciar, e principalmente, nunca tome decisões precipitadas.

“Eu prefiro ser traído a desconfiar de todo mundo.”

Roberto Marinho