segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Segunda Poética

"Humildade

Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.


Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.


Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada

caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.


Que eu possa agradecer a Vós,

minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,

pedras e tábuas remontadas.

E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.”
                                               Cora Coralina
 
Voltando eu depois de uma longa estiagem. Li hoje no facebook esta poesia linda, uma oração na verdade, postada pela Leonor Léo.
Dispensa comentários. Entretanto, quero colocar que não estou exaltando a pobreza, mas pensando que devemos agradecer por cada coisa que temos. 
E sermos felizes sempre.
 
Silvana 
 

3 comentários:

  1. Oi Silvana! Concordo muito contigo, acredito que muito da infelicidade dos homens está em não poder ter, adquirir, possuir aquilo que não o essencial. Esta infelicidade é causada também pela comparação de poderes e a inveja sobre quem o possui. Devemos sim, sempre buscar o melhor da vida . Desde que o objetivo não seja tão somente o material. O essencial é a paz em família, a alegria entre amigos, é o amor do nosso amor. Bjim! Amo Cora Coralina, ô véinha sábia !

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  3. Sil adoro Cora Coralina e lindo esse poema.
    Temos sim que dar valor para sentimentos, pessoas que nos faz bem, momentos.
    Amor, amor, amor!!!

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